BALANÇO ENERGÉTICO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE CAFÉ CONVENCIONAL E IRRIGADO
DOI:
https://doi.org/10.17224/EnergAgric.2018v33n1p73-80Resumo
Neste estudo, estimamos os dispêndios energéticos nos sistemas de produção de café convencional e irrigado por gotejo. Para tal, construiu-se o itinerário técnico dos quatro anos de produção de café dos dois sistemas. Os insumos utilizados (mão-de-obra, horas máquina, irrigação, defensivos, fertilizantes, entre outros) convertidos em unidades de energia, quantificaram as entradas energéticas, enquanto a produção de café em grão beneficiado constituiu a saída energética. Para o levantamento dos requerimentos de insumos e de volume de produção de café utilizou-se uma amostragem probabilística intencional. Foram entrevistados cinco produtores cuja principal fonte de renda é a produção de café e que mantêm registros dos dados da cultura. Os resultados energéticos mostram que na estrutura de dispêndios energéticos por tipo, fonte e origem, tem-se que a energia indireta participou com mais de 66%, sendo os adubos os dispêndios mais altos. O balanço energético, que mostra a diferença entre as energias totais e “entradas” de energias não renováveis, foi positivo nos dois sistemas produtivos, em média de 25.258,55 MJ ha-1 para o café convencional e 26.712,94 MJ ha-1 para o café irrigado por gotejo. A melhor opção entre os dois sistemas para o produtor em termos energéticos é o café irrigado por gotejo, pois possibilita que o produtor tenha uma melhor saída de energia mesmo tendo um valor maior no balanço energético.
PALAVRAS-CHAVE: Café, Sistema De Produção, Dispêndios Energéticos.
ENERGY BALANCE OF CONVENTIONAL AND IRRIGATED COFFEE PRODUCTION SYSTEMS
ABSTRACT: In this study, we estimated the energy expenditure in both conventional and drip irrigated coffee production systems. Therefore, the technical itinerary from both systems four years coffee production was constructed. The inputs used (labor, machine hours, irrigation, pesticides, fertilizers, among others) were converted into energy units quantifying the energy input, while the benefited coffee beans produced the output energy. An intentional and non-probabilistic sampling was used to survey the systems requirements of inputs and volume of coffee production. Five producers were interviewed whose main source of income is coffee production and have kept records of crop data. Indirect energy represented more than 66% of energy balance, from which fertilizers expressed the highest expenditures. The energy balance, which shows the difference between total energies and non-renewable energies, was positive in both production systems, averaging 25,258.55 MJ ha-1 in conventional coffee and 26,712.94 MJ ha-1 in drip irrigated coffee. Regarding energy balance, the best system option is drip irrigated coffee, since it allows the producer to have a better output of energy even though with higher value in energy balance.
KEYWORDS: Coffee, Production System, Energy Expenditure.
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