VARIABILIDADE ESPACIAL DO ÍNDICE DE TEMPERATURA E UMIDADE NO RIO GRANDE DO SUL - BRASIL PARA AS DIFERENTES ESTAÇÕES DO ANO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17224/EnergAgric.2021v36n2p249-260

Resumo

VARIABILIDADE ESPACIAL DO ÍNDICE DE TEMPERATURA E UMIDADE NO RIO GRANDE DO SUL - BRASIL PARA AS DIFERENTES ESTAÇÕES DO ANO

 

ZANANDRA BOFF DE OLIVEIRA1, SIDINEI ZWICK RADONS2, EDUARDO LEONEL BOTTEGA1, ALBERTO EDUARDO KNIES3

 

1Curso de Engenharia Agrícola, Universidade Federal de Santa Maria Campus Cachoeira do Sul, Rodovia Taufik Germano, 3013, Passo D'Areia, CEP 96503-205, Cachoeira do Sul/RS, Brasil, zanandra.oliveira@ufsm.br, bottega.elb@gmail.com.

2 Curso de Agronomia, Universidade Federal da Fronteira Sul Campus Cerro Largo, Av. Jacó Reinaldo Haupenthal, 1580, Bloco de Professores, Sala 209, CEP 97900-000, Cerro Largo/RS, Brasil, sidineiradons@gmail.com.

3Curso de Agronomia, Universidade Estadual do Rio grande do Sul, Unidade de Cachoeira o Sul, Rua Sete de Setembro, 1040, Centro, CEP 96508-010, Cachoeira do Sul/RS, Brasil, albertoek@gmail.com.

 

RESUMO: O presente estudo tem como objetivo analisar a variabilidade espacial do índice de temperatura e umidade (ITU) no Rio Grande do Sul (RS), para as quatro estações do ano. O estudo foi realizado para quarenta e dois municípios do estado, para os quais foi calculado o ITU médio a partir de dados de temperatura e umidade relativa horária registrados em estações meteorológicas automáticas do INMET de temperatura e umidade relativa horária, referentes ao período de 2000 a 2020. Uma vez detectada a dependência espacial, produziu-se o mapa temático da distribuição espacial da variável por meio de krigagem ordinária para as quatro estações do ano. No verão, a maior parte do território gaúcho possuiu ITU>70, indicativo de desconforto calórico, que deve ser avaliado para cada categoria de produção animal. Já na fronteira oeste e região metropolitana, o ITU maior do que 72 demonstra que há estresse calórico, implicando na necessidade de práticas de acondicionamento ambiental para redução do calor. No outono e inverno, a maior parte do território apresentou ITU entre 56 e 60, indicativo de desconforto por frio e, no extremo sul gaúcho, o valor de ITU menor que 54 representa estresse por frio no inverno, implicando na necessidade de práticas de acondicionamento ambiental para a mitigação do frio. Enquanto, na primavera, o ITU entre 62 e 68, demostra que há conforto térmico para a maioria dos animais de produção zootécnica e para seres humanos. Desse modo, a observação da variabilidade espacial e temporal do ITU no RS é importante para a adoção e o manejo de práticas de acondicionamento térmico ambiental assertivas.

 

Palavras-chaves: ambiência de precisão, geoestatística, conforto térmico.

 

SPATIAL VARIABILITY OF THE TEMPERATURE AND HUMIDITY INDEX IN RIO GRANDE DO SUL - BRAZIL FOR DIFFERENT SEASONS OF THE YEAR

 

ABSTRACT: This study aims to analyze the spatial variability of the temperature and humidity index (THI) in Rio Grande do Sul (RS) for the four seasons of the year. The study was conducted for forty-two municipalities in the state, for which the average THI was calculated from hourly temperature and relative humidity data registered by automatic weather stations of the INMET in the period from 2000 to 2020. Once the spatial dependence was detected, the thematic map of the spatial distribution of the variable was produced by means of ordinary kriging for the four seasons of the year. In the summer, most of the state's territory had THI> 70, indicative of caloric discomfort, which must be evaluated for each category of animal production. On the other hand, in the western border and metropolitan region, the THI greater than 72 shows that there is heat stress, implying the need for environmental conditioning practices to reduce heat. In autumn and winter, most of the territory-presented THI between 56 and 60, it is indicative of cold discomfort and, in the extreme south of Rio Grande do Sul, the THI lower than 54 represents cold stress in winter, implying the need for environmental conditioning practices for the mitigation of the cold. While, in the spring, the THI between 62 and 68 shows that there is thermal comfort for most animals of zootechnical production and for humans. Thus, the observation of the spatial and temporal variability of the THI in RS is important for the adoption and management of assertive environmental thermal conditioning practices.

 

Keywords: precision ambience, geostatistics, thermal comfort.

Biografia do Autor

Zanandra Boff Oliveira, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia FarroupilhaUniversidade Federal de Santa Maria

Possui graduação em Engenharia Agrícola (2008/02) pela Universidade Regional Integrada do Alto do Uruguai e das Missões (URI), campus de Santiago e mestrado em Ciência do Solo (2009/11) pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Atualmente é professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha câmpus Júlio de Castilhos-RS e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola, da UFSM. Atua em temas relacionados ao manejo da irrigação e conservação do solo e da água.

Sidinei Zwick Radons, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Cerro Largo

ossui graduação (2007), mestrado (2010), doutorado (2012) e pós-doutorado (2020) em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria. Atualmente é Professor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Cerro Largo, atuando nas áreas de Agrometeorologia, Mudança Climática e Agricultura e Ecofisiologia agrícola.

Eduardo Leonel Bottega, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), campus de Cachoeira do Sul

Engenheiro Agrônomo formado pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD, 2008). Mestre (2011) e Doutor (2014) em Engenharia Agrícola, área de concentração em Mecanização Agrícola, pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Atualmente é Professor Adjunto no curso de Engenharia Agrícola, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), campus de Cachoeira do Sul. Tem experiência na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em agricultura de precisão, máquinas, implementos e mecanização agrícola. É líder do grupo de pesquisa Geotecnologias Aplicadas à Produção Agrícola (GEOAPA) e participante dos seguintes grupos de pesquisa: Ambiência e Biometeorologia (Líder: Dra. Zanandra Boff de Oliveira) e Manejo do Solo: Interligando Agricultura Conservacionista, de Precisão e Digital (Líder: Dr. Telmo Jorge Carneiro Amado), ambos da Universidade Federal de Santa Maria. Ministra as disciplinas de Máquinas Agrícolas, Sistemas Mecanizados e Agricultura de Precisão. Professor no Programa de Pós-Graduação em Agricultura de Precisão (PPGAP) da UFSM. Realiza pesquisas na área Agricultura de Precisão, trabalhando com variabilidade espacial de atributos químicos, físicos e condutividade elétrica aparente do solo, produtividade das culturas e delimitação de zonas de manejo. Atuou como consultor Ad hoc no Processo Seletivo de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC, PIBIC-AAF e PIBITI), através dos Editais UEMS/CNPq 01, 02 e 03 de 2020.

Alberto Eduardo Knies, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) Unidade em Cachoeira do Sul

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (2002-07), mestrado em Ciência do Solo pela UFSM (2008-10), na área de concentração de Processos Físicos e Morfogenéticos do Solo e, doutorado em Engenharia Agrícola pela UFSM (2010-2014), na área de concentração de Engenharia de Água e Solo. Atuou como professor substituto na UFSM (2011/I-2012/I), como Técnico Administrativo em Educação (Engenheiro Agrônomo) na Universidade Federal do Pampa (Unipampa) campus Dom Pedrito-RS (09/2013-07/2014) e, professor da Universidade de Santa Cruz do Sul - Unisc (2012/II-2014/I). Atualmente é professor adjunto na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) Unidade em Cachoeira do Sul na área de engenharia agrícola e Diretor da Região 5 da Uergs (Unidades em Cachoeira do Sul e Santa Cruz do Sul. Tem experiência na área de manejo e conservação da água e solo, em temas relacionados ao manejo da irrigação, física do solo e fenologia de culturas agrícolas.

Publicado

12-08-2021

Como Citar

Oliveira, Z. B., Zwick Radons, S. ., Leonel Bottega, . E., & Knies, A. E. (2021). VARIABILIDADE ESPACIAL DO ÍNDICE DE TEMPERATURA E UMIDADE NO RIO GRANDE DO SUL - BRASIL PARA AS DIFERENTES ESTAÇÕES DO ANO. ENERGIA NA AGRICULTURA, 36(2), 249–260. https://doi.org/10.17224/EnergAgric.2021v36n2p249-260

Edição

Seção

Construções Rurais e Ambiência