QUALIDADE DE PELLETS DE GALHOS SECOS DE ARAUCÁRIA E PARTÍCULAS DE PINUS
DOI:
https://doi.org/10.17224/EnergAgric.2018v33n4p303-312Resumo
As grimpas de araucária, quando permanecem sem uso nos campos nativos, se constituem em um problema de sanidade animal para a atividade pecuária extensiva. Os resíduos da madeira de Pinus, largamente utilizada na indústria de base florestal no sul do Brasil, são a principal matéria-prima para a produção de pellets, no Brasil e no mundo. Assim, a análise da produção de pellets com estas duas matérias-primas pode ser uma alternativa para a utilização sustentada destes resíduos. O objetivo deste trabalho foi caracterizar energeticamente as grimpas, comparando-as com as propriedades do Pinus, e os pellets obtidos a partir de diferentes misturas destes dois tipos de biomassa. Os parâmetros qualitativos foram enquadrados na norma ISO 17225-2 para determinar a melhor aplicação energética dos compactados. As propriedades físicas, químicas e energéticas foram determinadas nas grimpas e partículas de Pinus na forma in natura. Pellets com as proporções de 0:100%; 25:75%; 50:50%, 75:25% e 100:0% de partículas de Pinus:grimpas foram produzidos e nestes foram determinadas as propriedades físicas e energéticas, sendo enquadradas nos parâmetros da norma ISO 17225-2. Na forma in natura, a maravalha de Pinus e a grimpa apresentaram potencial energético distinto, sendo que as propriedades de cada biomassa influenciaram de forma diferente na qualidade dos pellets. Os pellets obtidos da mistura das biomassas tiveram melhor qualidade do que os pellets homogêneos. Os pellets homogêneos de Pinus ou de grimpa não atenderam plenamente nenhuma das categorias de uso da norma ISO 17225-2, enquanto os pellets das misturas apresentaram potencial para uso doméstico e comercial.
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