ANÁLISE BIOMÉTRICA DE CULTIVARES DE CANA-DE-AÇÚCAR CULTIVADAS SOB ESTRESSE HÍDRICO NO VALE DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO

Autores

  • Anderson Ramos de Oliveira Embrapa Semiárido
  • Marcos Brandão Braga Embrapa Hortaliças. Pesquisador da Embrapa Hortaliças.
  • Bruno Leonardo Santana Santos Universidade de Pernambuco. Departamento de Ciências Biológicas
  • Auriana Miranda Walker

DOI:

https://doi.org/10.17224/EnergAgric.2016v31n1p48-58

Resumo

A cana-de-açúcar é uma cultura de grande destaque no cenário agrícola mundial. Atualmente, sua importância está relacionada principalmente à produção com fins energéticos, atendendo à demanda por combustíveis renováveis, menos poluentes e menos onerosos que os combustíveis fósseis. O cultivo da cana-de-açúcar irrigada no Vale do Submédio São Francisco apresenta alta produtividade, contudo, estudos que identifiquem cultivares que alcancem boas produtividades utilizando-se menores lâminas de irrigação são necessários, a fim de reduzir os custos e otimizar o uso da água. A análise biométrica de cultivares representa uma importante ferramenta para seleção de cultivares mais promissoras. Assim, este trabalho teve como objetivo analisar as características biométricas de cultivares de cana-de-açúcar irrigadas sob condições de estresse hídrico, no Vale do Submédio São Francisco. Adotou-se o delineamento em blocos casualizados, no fatorial 7 x 4, sendo o primeiro fator constituído por cultivares de cana-de-açúcar: RB 96-1003, RB 94-3206; RB 72-454; RB 01-2018; VAT 90-212; RB 01-2046 e RB 92-579 e o segundo fator composto por lâminas de irrigação de 40, 60, 80 e 100% da evapotranspiração da cultura (ETc), com três repetições. Realizaram-se análises biométricas da altura, diâmetro do colmo, número de entrenós e número de perfilhos. A reposição hídrica de 80% da ETc promoveu a máxima altura para a maioria das cultivares em cana planta. Em cana soca, as cultivares RB 96-1003 e RB 01-2018, quando submetidas a lâminas próximas de 80% da ETc, também atingem máxima altura. As diferenças encontradas no diâmetro do colmo e no número de entrenós estão diretamente relacionadas com as características de cada cultivar independentemente das lâminas de irrigação. O número de perfilhos tanto na cana planta, quanto na cana soca, aumenta com a disponibilidade hídrica.

Biografia do Autor

Anderson Ramos de Oliveira, Embrapa Semiárido

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Espírito Santo (1998), mestrado (2001) e doutorado (2005) em Produção Vegetal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Atualmente é Pesquisador A da Embrapa Semiárido atuando na área de Sistemas Agroenergéticos, sub-área Produção de Biomassa e Energia. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fitotecnia, atuando principalmente nos seguintes temas: produção de biomassa, biocombustíveis, cana-de-açúcar, oleaginosas e biodiesel.

Marcos Brandão Braga, Embrapa Hortaliças. Pesquisador da Embrapa Hortaliças.

Pesquisador da Embrapa Hortaliças com doutorado em Irrigação e Drenagem.

Bruno Leonardo Santana Santos, Universidade de Pernambuco. Departamento de Ciências Biológicas

Bacharel em Ciências Biológicas.

Auriana Miranda Walker

Bacharel em Ciências Biológicas.

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Publicado

20-04-2016

Como Citar

Oliveira, A. R. de, Braga, M. B., Santos, B. L. S., & Walker, A. M. (2016). ANÁLISE BIOMÉTRICA DE CULTIVARES DE CANA-DE-AÇÚCAR CULTIVADAS SOB ESTRESSE HÍDRICO NO VALE DO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO. ENERGIA NA AGRICULTURA, 31(1), 48–58. https://doi.org/10.17224/EnergAgric.2016v31n1p48-58

Edição

Seção

Biomassa e Bioresíduos