DEMANDA HÍDRICA DA AVEIA-PRETA: VARIABILIDADE ESPACIAL SOB CONDIÇÕES DE SEQUEIRO

Autores

  • Monica Martins Silva Salvador ESALQ/USP
  • Paulo Leonel Libardi ESALQ/USP
  • Cristhiane Anete Neiverth ESALQ/USP

DOI:

https://doi.org/10.15809/irriga.2014v19n3p500

Resumo

DEMANDA HÍDRICA DA AVEIA-PRETA: VARIABILIDADE ESPACIAL SOB CONDIÇÕES DE SEQUEIRO

MONICA MARTINS SILVA SALVADOR1; PAULO LEONEL LIBARDI1 E CRISTHIANE ANETE NEIVERTH1

 

1ESALQ/USP, Departamento de Engenharia de Biossistemas, Av. Pádua Dias 11, CP 9, 13418-900, Piracicaba-SP. monica_mars@hotmail.com; pllibard@usp.br; crisneiverth@yahoo.com.br

 

 

1 RESUMO

 

O conhecimento da demanda hídrica da aveia-preta é fundamental para sua produção racional nas condições climáticas da região sudeste com e sem irrigação. O trabalho trata da determinação do balanço de água no solo com uma cultura de aveia-preta, forrageira de inverno, com o objetivo de obter informações sobre o comportamento espacial de sua evapotranspiração e fluxo de água no solo utilizando ferramentas geoestatísticas bem como verificar sua capacidade produtiva quando cultivada sob condições de sequeiro na região de Piracicaba-SP, Brasil. Para isso, avaliaram-se os componentes da equação do balanço de água no solo nas fases fenológicas da cultura. Em uma área experimental de 1.500 m2, localizada na ESALQ/USP, Piracicaba-SP, estabeleceram-se 60 pontos de amostragem distanciados 5 m entre si, numa grade retangular de seis linhas e dez colunas (50 m x 30 m). Foram medidas a precipitação pluvial (P), a drenagem interna (D) (ou ascensão capilar-AC) na profundidade de 0,40 m, a variação da armazenagem (Δh) na camada de solo de 0,0-0,40 m, e a evapotranspiração real (ET) foi considerada como incógnita da equação sendo o deflúvio superficial desconsiderado. A variação do fluxo de água no solo foi mais acentuada durante a fase vegetativa e de florescimento, com pontos apresentando picos de AC mais acentuados durante o florescimento da cultura e pouca variação de movimento de água na fase de maturação. O valor máximo de ET foi 5,5 mm dia-1 no florescimento, mostrando equivalência com dados de experimentos irrigados. A dependência espacial da variabilidade da ET e fluxo de água no solo foi detectada, porém com maior alcance para ET. O padrão de variabilidade espacial da evapotranspiração e fluxo de água no solo mostrou que locais com maiores valores de ET também coincidiam com a ocorrência de AC no estádio de florescimento da cultura. A produção de matéria seca foi de 3,1 t ha-1 ficando dentro da média de produção para o estado de São Paulo.

Palavras-chave: ascensão capilar; balanço hídrico; armazenagem de água no solo.

SALVADOR, M. M. S.; LIBARDI, P. L.; NEIVERTH, C. A.

WATER DEMAND OF BLACK OAT: SPATIAL VARIABILITY UNDER   RAINFED CONDITIONS

2 ABSTRACT

 

Knowing the water demand of  black oat is of great importance for its rational production in  climatic conditions of the southeastern region with and without irrigation.  The experiment addresses   determination of water balance in the soil grown with   black oat,  a  winter forage,  aiming at information on  spatial behavior of   evapotranspiration and water flow in the soil using geostatistical tools. Also, the study evaluates the production   capacity when black oat  is grown under rainfed conditions in the region of Piracicaba city, SP, Brazil.  To this end, components of the equation of  soil water balance in   the phenological stages  of the crop were evaluated.  In a 1,500 m2 experimental area at Luiz de Queiroz College of Agriculture, ESALQ, São Paulo University, Piracicaba – SP, 60 sampling sites, 5 meters apart   were selected in a   rectangular grid consisting of six rows and ten columns (50 m x 30 m).   Values of precipitation (P), internal drainage (ID) or capillary rise (CR),   at 0.40 m deep, water storage variation (Δh) at 0.0 to 0.40 m soil layer were measured.  Actual   evapotranspiration (ET) was considered the unknown variable of the equation. Surface runoff   was not taken into consideration. Variation in soil water flow was higher during   vegetative and flowering phases   with increased CR peaks during   crop flowering, and little variation in water movement in the maturation phase.  Maximum value of ET was 5.5 mm day-1 during flowering, which is similar  to data from irrigated experiments.  Spatial dependence of ET and soil water flow variability were observed, but with greater range for ET.  The pattern  of spatial variability of evapotranspiration and soil water flow showed that sites with higher values of ET  have also had  simultaneously occurrence of  CR in the flowering phase of the crop. Dry matter production was 3.1 t ha-1 , which is similar to mean values  reported for the state of   São Paulo.

Keywords: capillary rise, water balance, storage of soil water.

Biografia do Autor

Monica Martins Silva Salvador, ESALQ/USP

Departamento de Engenharia de Biossistemas, ESALQ/USP

Paulo Leonel Libardi, ESALQ/USP

Departamento de Engenharia de Biossistemas, ESALQ/USP

Cristhiane Anete Neiverth, ESALQ/USP

Departamento de Engenharia de Biossistemas, ESALQ/USP

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Publicado

2014-08-04

Como Citar

SALVADOR, Monica Martins Silva; LIBARDI, Paulo Leonel; NEIVERTH, Cristhiane Anete. DEMANDA HÍDRICA DA AVEIA-PRETA: VARIABILIDADE ESPACIAL SOB CONDIÇÕES DE SEQUEIRO. IRRIGA, [S. l.], v. 19, n. 3, p. 500–511, 2014. DOI: 10.15809/irriga.2014v19n3p500. Disponível em: http://revistas.fca.unesp.br/index.php/irriga/article/view/364. Acesso em: 20 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos