EFEITOS DA EXPANSÃO DA ÁREA COLHIDA COM MANDIOCA SOBRE O VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO NO PARÁ

Autores

  • Manuel Alberto Gutierrez Cuenca Pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros
  • José Henrique de Albuquerque Rangel Pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros
  • Edivilson Silva Castro Filho Pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros

Resumo

O objetivo desse estudo foi analisar a evolução histórica da área colhida com mandioca no Pará e avaliar o impacto que essa evolução teve sobre a Taxa de Variação Porcentual do VBP (TXV% do VBP) da mandioca, em cada biênio, no período total e em três subperíodos entre 1977 e 2009. Os dados do período de 1977 a 1989 foram coletados das Estatísticas Básicas (IBGE, 1997) e os do período de 1990 a 2009 foram obtidos do SIDRA (IBGE, 2011). Para decompor a TXV% do VBP nos efeitos dos fatores área, produtividade e preço, usou-se o modelo “shift-share”. Para atualizar os preços e o VBP, em valores equivalentes a dezembro de 2010, utilizou-se o Índice Geral de Preços (IGP-DI), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV, 2011). A partir do comportamento anual da área e do VBP, calculou-se as TXV% do VBP da mandioca e o efeito do fator Área (Efeito Área %) sobre o VBP. Para verificar o que aconteceu em cada subperíodo, foram calculadas as TXV % em cada subperíodo. Constatou-se que a produtividade, a área colhida e a produção da mandioca no estado do Pará cresceram em porcentuais de 46%, 187% e 320% respectivamente. A queda de 37% nos preços não foi suficiente para anular as variações positivas, da área e da produtividade, que fizeram o VBP da mandioca crescer 164% no período analisado. As médias da área e do VBP na mandiocultura paraenses, entre 1977 e 2009, foram de 223.672 ha e R$ 721,5 milhões respectivamente. A área máxima colhida de 324.407 ha aconteceu em 2007 e o valor máximo do VBP (R$ 1.564,2 milhões) ocorreu em 1996, enquanto que a área mínima de 100.989 ha aconteceu em 1977e o mínimo do VBP (R$ 282,8 milhões) ocorreu em 1996. Constatou-se que em alguns biênios houve diferenças nas porcentagens e direção das variações da área e do VBP, Esse comportamento deve-se a que as variações sejam na produtividade, sejam nos preços ou em ambos, anularam ou compensaram a variação apresentada pela área e o possível impacto que a variação da área teria sobre o VBP.

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Publicado

2012-11-06