IMPACTOS FÍSICO-QUÍMICOS DA DISPOSIÇÃO DO REJEITO DA DESSALINIZAÇÃO DAS ÁGUAS DE POÇOS SALINOS EM NEOSSOLO E CHERNOSSOLO DO OESTE POTIGUAR
DOI:
https://doi.org/10.15809/irriga.2018v23n3p413-425Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar os parâmetros físico-químicos do rejeito gerado pela osmose reversa e o efeito da sua aplicação sob as alterações dos parâmetros físico-químicos em Neossolo e Chernossolo de duas comunidades rurais do Oeste Potiguar. A pesquisa ocorreu no período de 2013 e 2014, em que foram realizadas 4 campanhas de coletas em períodos de seca e chuva nos solos receptores do rejeito salino, usando três distâncias (0; 1 e 2 metros do ponto de despejo), com duas camadas para cada ponto (0-20 e 20-40 cm), Além disso, foram coletadas amostras de rejeito salino das estações de tratamento por osmose reversa para avaliação da qualidade e dos riscos de contaminação. Os dados foram submetidos a testes estatísticos de médias, por Scott Knott, verificando o comportamento dentro dos pontos e camadas de cada período e entre os 4 períodos. As águas foram classificadas quanto ao uso na irrigação; aos riscos de infiltração e toxicidade em plantas. Os solos foram classificados de acordo com a salinidade, considerando pH, CEes e PST. Os resultados mostram que todas as amostras coletadas de águas de rejeito se classificaram como C3 ou C4, ou seja, riscos extremamente alto de salinização, necessitando de práticas especiais de controle de salinidade. As diferentes classes de solos receptores do rejeito salino das comunidades apresentaram alterações significativas dos seus atributos e sua qualidade ao longo dos períodos, sendo mais evidente nos períodos secos e camadas de solos com maior presença de argila, promovendo classificações distintas para um mesmo solo, influenciadas diretamente pela água de rejeito do processo de dessalinização.
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