INTRUSÃO DE RAIZES DE EUCALIPTO EM GOTEJADORES ENTERRADOS
DOI:
https://doi.org/10.15809/irriga.2010v15n3p282Resumo
Com o propósito de avaliar o potencial de intrusão radicular do eucalipto nas linhas de irrigação em diversos modelos de gotejadores, quando utilizados em irrigação subsuperficial, foi realizado um experimento utilizando caixas d’água de amianto de 100 L em condição de ambiente protegido. Os tratamentos consistiram de 14 modelos de gotejadores de diferentes marcas comerciais, dos quais sete do tipo não compensante e sete do tipo autocompensante de pressão. Os modelos foram instalados em duas profundidades, de 0,15 m e 0,30 m (P15 e P30, respectivamente), e conduzidos em solo mantido à capacidade de campo. Foram realizadas cinco leituras de vazão em intervalos que oscilaram de 32 a 131 dias, totalizando 235 dias. Os resultados mostraram diferenças marcantes no comportamento dos gotejadores do tipo não compensante de pressão daqueles do tipo autocompensante e, dentro de cada tipo, diferenças significativas quanto à suscetibilidade à intrusão das raízes do eucalipto. Quanto ao efeito da intrusão e enterrio, os modelos autocompensantes apresentaram maior magnitude de variação da vazão em relação aos gotejadores não compensantes, no experimento conduzido. Nos modelos mais susceptíveis, observou-se maior nível de intrusão na condição de enraizamento, porém não foi observada diferença significativa no nível de intrusão das raízes em relação à profundidade de instalação dos gotejadores. As raízes do eucalipto se mostraram agressivas na penetração nos gotejadores, chegando a ocorrer o estrangulamento nos modelos Acqua-Traxx, Carbodrip, Hydrogol e Hydro Drip II. A penetração das raízes, também ocorreu no interior das linhas laterais, ampliando o efeito da intrusão na malha hidráulica da parcela de irrigação. Recomendam-se adequações em parâmetros da arquitetura ou no processo de montagem destes tubos gotejadores com a finalidade de minimizar as intrusões radiculares quando usados para a cultura do eucalipto.
UNITERMOS: gotejamento, variação de vazão, Eucalyptus grandis vs. Eucalyptus urophylla
MELO, R. F. DE, TEIXEIRA, M. B., GRUBER, Y. B. G., COELHO, R. D., ROOT INTRUSION OF THE EUCALYPTUS IN SUBSURFACE DRIP IRRIGATION
2 ABSTRACT
This experiment was performed aiming to evaluate the potential of eucalyptus root intrusion in irrigation rows using various emitter models when applied in subsurface irrigation; asbestos water tanks of 100L were utilized in protective environment (a greenhouse). The treatments consisted of 14 emitter models from different brands, seven non-pressure and seven pressure compensating types. The models were installed at two depths 0.15 m and 0.30 m (P15 and P30 respectively) and conducted in soil kept at field capacity. Five flow readings at intervals that ranged from 32 to 131 days were performed, totaling 235 days. The results showed striking differences in pressure and non-pressure compensating emitters behavior and within each type significant differences in susceptibility towards the intrusion of eucalyptus roots. Regarding the intrusion and burial effect, self-compensating models had higher magnitude of flow variations in relation to non-compensating emitter. In the most susceptible models there was a higher level of intrusion on rooting condition, but no significant difference was observed in the roots intrusion levels in relation to the emitter installation depth. Eucalyptus roots proved aggressive in penetrating the emitters, coming to strangling models Acqua-Traxx, Carbodrip, Hydrogol, and Hydro Drip II. Roots attack also occurred within the lateral lines extending the effect of intrusion to the network pressure plot irrigation.
This study recommends adjustments on the architecture parameters or on the drip irrigation system assembling process in order to minimize root intrusion when used for eucalyptus cultivation.
KEYWORDS: drip irrigation, flow variation, Eucalyptus grandis vs. Eucalyptus urophylla
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Esta revista proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento. Tal acesso está associado a um crescimento da leitura e citação do trabalho de um autor. Os direitos autorais dos artigos publicados na Revista Irriga são de propriedade dos autores, com direitos de primeira publicação para o periódico. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, para fins educacionais e não-comerciais. Maiores detalhes podem ser obtidos em http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0